Roseni - Brasília DF
Uma mulher que apanha do marido só vai à delegacia quando ela está no seu limite, depois de sofrer muito. Fui queimanda com ferro de passar roupa por me negar a ter relações sexuais com meu marido. Fui à delegacia dar queixa e a delegada perguntou se eu tinha testemunhas do fato. Ora, eu estava ali queimada. Só me senti uma mulher livre para criar meus dois filhos depois que enfrentei meu marido com um facão. Foi só aí que ele parou de me espancar. Após seis tentativas de separação, fui vítima de cinco balas disparadas por meu ex-marido, e eu carrego todas essas marcas e a cicatriz na alma. Ele foi condenado a apenas cinco anos de prisão, mas, mesmo assim, a Lei Maria da Penha é um avanço e uma esperança.
Fonte: www.cl.df.gov.br
Tatiana Oliveira - João Pessoa PB
Meu depoimento é um de tantos outros que existem a cada dia. Fui casada durante sete anos e nos últimos dois anos apanhei muito, eram murros, chutes, pontapés, beliscões, até murros no rosto, fui estuprada por meu esposo diversas vezes, era horrível! Então decidi abandoná-lo, sai de casa e comecei a trabalhar, arranjei um namorado (hoje marido) e vivo feliz, ao invés de apanhar sou amada, foi difícil, mas DEUS nos fez para sermos amadas. Pensem nisso.
Fonte: www.falesemmedo.com.br
Luciana Andrade - Foz do Iguaçu PR
Eu sofri violência quando eu tinha 17 anos de um namorado meu. No começo ele era muito cuidadoso,carinhoso,se mostrava um amor de pessoa,depois fui ver que não era assim. A primeira vez que ele me bateu ele estava muito bebâdo, e me deu um tapa na cara, porque ele não havia gostado do que eu disse pra ele. No momento fiquei muito apavorada, desci do carro e queria ir embora de taxi, mas ele me ligou e eu voltei pra ele. Na outra vez que ele me bateu foi em uma discoteca na frente de todos porque eu havia perdido um cartão que dá acesso a conta da boate. Eu chorei muito, e os amigos dele queriam me levar embora mas eu acabei perdoando ele mais uma vez.
Ele começou a se mostrar mais agressivo, qualquer coisa gritava muito comigo, me tratava muito mal, eu emagreci muito, passo mal, tenho problemas nervosos, preciso tomar remédios controlados por causa disso.Ele começou a me ameaçar, eu não podia sair de casa, não podia ter amigos, não podia fazer nada.
O ruim é que eu não tive coragem de contar a ninguem o que acontecia comigo, sempre fingia estar feliz, o que foi um grande erro porque na verdade eu sofria muito.
Eu não conseguia me disfazer dele, mas fui criando coragem aos poucos, ignorando ele, me desprendendo, e consegui finalmente ficar livre.
Hoje ainda tenho algumas complicaçãoes mas estou me recuperando muito bem.
O ruim é que eu não tive coragem de contar a ninguem o que acontecia comigo, sempre fingia estar feliz, o que foi um grande erro porque na verdade eu sofria muito.
Eu não conseguia me disfazer dele, mas fui criando coragem aos poucos, ignorando ele, me desprendendo, e consegui finalmente ficar livre.
Hoje ainda tenho algumas complicaçãoes mas estou me recuperando muito bem.
Não aconselho ninguem a perdoar a viôlencia na primeira vez, porque depois fica muito mais difícil conseguir.A minha familia não sabe do acontecido, eu não fui corajosa o suficiente para denunciá-lo mas se voltar a acontecer comigo, eu não pensarei duas vezes. Não quero ter o mesmo sofrimento que eu já tive.
Referências: www.falesemmedo.com.br
Lili - São Paulo SP
Fui agredida pelo meu marido, desta vez foi fisicamente também, porque psicologicamente e verbalmente acontece sempre. Ele me acusa de ter amantes (que só existem na mente dele, que é muito ciumento) e procura me acuar de todas as formas. Desta vez eu fui orientada a ir à delegacia de mulheres, eu nunca tinha ido a uma delegacia antes. Fui também ao IML porque ele me causou lesões físicas, mas demorou um mês para ele receber a intimação, e ainda mais um mês para chegar o dia de ir lá prestar esclarecimentos, nem sei se foi, só espero que tenha levado ao menos uma repreensão, mas como não foi pego em flagrante, esta tranquilo, trabalhando normal, espero que não volte a me bater pq se não houve nenhuma punição e ele voltou pra casa, com apenas uma bronca, ele não vai ter medo de fazer novamente.
Eu gostaria de acreditar que ao menos uma punição por menor que seja ele tenha sofrido e aprendido a lição. Não me separei pq não tenho como sobreviver, sempre fui pressionada a não trabalhar, sofri acuação, e agora com quase 50 anos, fica complicado começar no mercado de trabalho. Também não gostaria de acabar com minha família, não fui educada desta forma. Estou aqui torcendo para que agressores que não são presos recebam uma punição suficiente para não querer fazer de novo, caso a mulher não se separe por inúmeros motivos. Gostaria de acreditar que ele foi punido. Obrigada por ter me dado a chance de desabafar.
Fonte: www.falesemmedo.com.br